" O vento é o mesmo mas sua resposta é diferente em cada folha".
Cecília Meireles

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Contextualizando a aula de 05/04

A polissemia do currículo apresentada por Sidney Macedo e bem exposta pelas colegas Rosana e Glenia é mais uma característica a ser repensada sobre na matéria de TCC. Vimos que ao contrastar o referencial com a história de vida da escritora nigeriana, o mundo deve ser apresentado sob diferentes visões para que a formação das pessoas tenha referenciais diferenciados para se estabelecer.

Por Dessano, Lourdes e Pollyanna

Assim que assistimos ao vídeo de Chimamanda Adichie (O perigo de uma história única) começamos a nos perguntar sobre o que de fato levamos à sala de aula.

Levamos pensamentos únicos sobre o assunto? Ideias prontas? Ou apresentamos mais de uma versão do fato a ser estudado?

Instigamos nossos alunos? Ou simplesmente repassamos informações?

A palestra de Chimamanda traz um entendimento que desde crianças estamos vulneráveis a compreender uma história sob a ótica do narrador. Seja ela positiva ou negativa. Portanto, podemos perceber que, quando temos mais de uma versão sobre a mesma história, construímos pensamentos sobre ela e não apenas absorvemos a primeira impressão.

Então, quando nos deparamos com a epígrafe de Santo Agostinho:

“Não vês que somos viajantes? E tu me perguntas: que é viajar? Eu respondo com uma palavra: é avançar! Experimentais isto em ti. Que nunca te satisfaças com aquilo que és, para que sejas um dia aquilo que ainda não és. Avança sempre! Não fiques parado no caminho”

percebemos que devemos nunca nos satisfazer com primeiras versões sobre o que aprendemos, visto que o conhecimento tem diferentes pontos de vista e formas de aprendizado. Sendo assim, devemos avançar sempre em busca de novos conhecimentos, para levar diferentes visões àqueles que estão sob nossa responsabilidade de educar.

Com o texto de Lino Moreira da Silva, entendemos que é indispensável o aprimoramento da educação do educador para formar alunos interventivos capazes de fazer com que a sociedade evolua. E essa formação somente ocorrerá se estivermos dispostos a experimentar avançar na busca do conhecimento de maneira audaciosa, frequente e não ficarmos rotinados, fixados, pois se permanecermos dessa forma, não assumiremos nosso verdadeiro papel de educador. Por isso, devemos instigar nossos alunos a pensar, provocar dúvidas, questiona-los. Para isso é necessário que saibamos diferentes verões sobre o assunto que queremos desenvolver, permitindo que nossos alunos estejam empoderados no mundo contemporâneo. “Poder é a habilidade de não só contar a história de uma outra pessoa, mas de faze-la a história definitiva daquela pessoa.” (Chimamanda Adichie)

3 comentários:

  1. Então, quando nos deparamos com a epígrafe de Santo Agostinho:
    “Não vês que somos viajantes? E tu me perguntas: que é viajar? Eu respondo com uma palavra: é avançar! Experimentais isto em ti. Que nunca te satisfaças com aquilo que és, para que sejas um dia aquilo que ainda não és. Avança sempre! Não fiques parado no caminho!"
    Se compararmos com a citação de Jiddu Krishnamurti : "Afirmo que a Verdade é uma terra sem caminho. O homem não pode atingi-la por intermédio de nenhuma organização, de nenhum credo (…) Tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão dos conteúdos da sua própria mente, através da observação. (…)".

    E com a fala de Chimamanda Adichie em "Os perigos de uma História ùnica": "Todas essa histórias fazem-me quem eu sou,mas insistir nessas histórias Negativas é superficializar minha experiência e negligenciar as minhas outras histórias que formaram-me"

    A ideia principal está centrada na importância que há em descobrirmos, compreendermos e valorizarmos a nossa identidade diante das questões as quais nos propomos defender....

    Quem sou eu,o que pretendo,o que trago como verdade e o que ainda preciso descobrir? Quantas histórias únicas tenho contato ao longo de minha vida? Quantas ouvi e em quantas acreditei? Quantas ainda irei contar.........

    Como eu posso apresentar o novo para vivenciar a praxis de uma mudança curricular se eu trago em mim velhos conceitos e preconceitos?

    Mudo a minha maneira de pensar e transformo "as velhas formas do viver"?

    Preciso aprender a conhecer...

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  2. Olá Lurdes é ótimo trabalhar com você.
    A questão da história única é de fato muito pertinente na prática docênte. Acredito que todos nós temos uma história única que nos represente como professores e/ou educadores, visto que fomos educados por pessoas e não por máquinas. No entanto, acredito que nem sempre uma história única seja motivo de negá-la ou recusá-la de sua vida e de sua trajetória profissional. Acho que o mais importante é estarmos atentos as observações inteligentes, coerêntes, sólidas e sóbrias.
    Tenho histórias únicas em minha vida e elas são incríveis.
    Abraços.

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  3. Muito bom trabalhar com você, Lourdes!
    Espero que possamos sempre trocar nossas figurinhas para aprendermos a construir nossa história como educadoras!

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